Terça, 30 Abril 2019 14:32

Sindicato Garantiu que Nossa Campanha Salarial Não Acabasse em Desastre

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Precipitação da Oposição levou nossa luta para o Tribunal. Poderíamos perder tudo!

Companheiros,

Independente se o melhor teria sido 4% de reajuste geral, incluindo o tíquete e os benefícios, ou se 4,7% só no salário, com reflexos no anuênio, no 13°, nas férias e na aposentadoria, independente desta avaliação, o fato é que escapamos, por pouco, de um grande desastre.

Nossa campanha vinha bem até que numa 5a feira, véspera de feriado, a Oposição conseguiu dominar uma assembleia e impor uma greve precipitada. A melhor proposta era a do Sindicato: declarar estado de greve e avançar para um movimento com maior adesão da categoria.

Greve decidida naquele dia, sem preparar a categoria, foi como fazer o avião levantar vôo sem saber se tem combustível.

A precipitação da Oposição mostrou-se desastrada. Decidida de 5ª para 2ª feira, dia da primeira greve, a paralisação se tornou ilegal. Não houve o prazo legal de 72 horas para aviso à população, pois o prazo conta a partir de publicação de nota do Sindicato em jornal - e não do dia da assembleia.

Sendo ilegal, abriu espaço para a intervenção imediata da Justiça, que baixou liminar no domingo para cercear nosso movimento!

Hoje a Oposição culpa o jogo duro do TRT, mas quem nos levou pra lá foi ela!, com sua greve aloprada, irresponsável e, diga-se a verdade, sem o apoio da ampla maioria dos garis e trabalhadores da Comlurb.

A greve precipitada, ilegal e fraca trouxe a Justiça para o ringue antes da hora. Um intruso desnecessário em nossa luta!

Mas, mesmo diante do fracasso da primeira greve, o Sindicato conseguiu manter a negociação com a empresa. Muitas conquistas importantes estavam em andamento e não podíamos pôr tudo a perder. Especialmente a insalubridade dos Apas, Vigias e ASGs.

E vamos combinar: greve fracassada é tudo o que o patrão quer para acabar com a negociação e voltar à estaca zero.

Foi a habilidade e a firmeza do Sindicato que impediram esse primeiro desastre. Enquanto os “líderes” da Oposição brincavam de "revolucionários", o Sindicato se desdobrava para manter abertos os canais de negociação.

E avançava arrancando novos compromissos da empresa, como a melhoria do índice e o cronograma para as medições da insalubridade, além da retroatividade da insalubridade a Março deste ano.

Conquistas concretas! Alcançadas mesmo com um movimento enfraquecido, à prestação, como bem definiu uma trabalhadora.

Nossa campanha salarial acabou judicializada. Por lambança da Oposição. Negociamos no TRT com um processo de greve em aberto. Ou seja, se não houvesse acordo, o processo teria prosseguimento. Ou seja: poderíamos perder tudo, ter os dias descontados, e até demissões poderiam ocorrer.

Ao perceber a enrascada em que nos meteu, a Oposição afinou o comportamento. Seus líderes mantiveram um discurso "radical" só para os militantes.

Lá no Tribunal, quem engrossou a voz para tentar aumentar a proposta da Comlurb foi o presidente do Sindicato, companheiro Meireles.

Mas, claro, haja o que houver, a Oposição sempre vai "culpar o Sindicato". O discurso dessa Oposição precisa ser aos gritos, sempre. Não há racionalidade, não há pensamento, não há avaliação e muito menos coragem para defender conquistas. O que importa, unicamente, para essa Oposição é posar de radical. Sempre.

Mas a verdade nua e crua é que eles levantaram o avião antes da hora, sem combustível, e foi o Sindicato que pilotou com perícia para que pudéssemos descer vivos, com alguma conquista.