Mais comum em mulheres após os 40 anos, doença de pele acomete 2% da população
Você já ouviu falar de Lichen planus, nome científico para líquen plano? Trata-se de uma doença de pele que tem apresentação de natureza inflamatória crônica e acomete cerca de 4 milhões de brasileiros, 2% da população brasileira. Mais comum em mulheres acima dos 40 anos de idade, a doença também afeta homens e crianças e foi classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma condição cancerizável pré-maligna, já que cerca de 2 a 3% das lesões tornam-se malígnas, principalmente quando o portador de líquen se expões a fatores mutagênicos como o tabaco, álcool, ou sofre de candidíase.
As causas da patologia ainda são desconhecidas, mas especialistas afirmam que a doença costuma manifestar-se em pessoas em constante estresse, bem como as expostas a substâncias como o ouro, quinacrina e quinidina. A doença inflamatória afeta a pele, principalmente na boca, tronco, pulsos e vagina, além das unhas e couro cabeludo e, com menos frequência, no rosto.
O líquen plano é caracterizado por lesões pequenas e avermelhadas. De aspecto enrugado, as feridas provocam intensa coceira, aftas, queda de cabelo, manchas escuras na pele, sensação de ardência, queimação na boca e diminuição da espessura das unhas.
As feridas aparecem de repente e podem durar semanas, mas geralmente desaparecem sozinhas. No entanto, voltam a aparecer em poucos meses, em uma novela que pode durar anos. O tratamento indicado passa por um diagnóstico feito por um dermatologista, a partir da biópsia da pele para diferenciar de outras doenças dermatológicas. O tratamento é feito com medicamento anti-histamínicos como a difenidramina e a hidroxizina, substâncias que diminuem a coceira, mas provocam sonolência em contrapartida.
Por isso dermatologistas também recomendam o uso de medicamentos aplicados diretamente na pele ou via oral, como corticosteróides ou outros medicamentos como tretinoína. Já para atenuar as as dores das aftas recomenda-se bochechos com medicamentos que contenham lidocaína. Como a doença pode voltar após o tratamento, dermatologistas recomendam prolongar o tratamento.
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