O presidente do SIEMACO-RIO Manoel Meireles rasgou a resposta da Comlurb para as reivindicações da categoria na frente das câmeras, após se revoltar com a contraproposta da COMLURB sobre o percentual de aumento dos trabalhadores.

O Sindicato pede, entre as principais cláusulas do Acordo Coletivo deste ano, a reposição das perdas salariais com um reajuste de 25% nos salários e no tíquete alimentação, além da conclusão do PCCS e a implantação do Adicional de Insalubridade para as APAs e demais funções que façam jus a ele.

Servidores públicos como os funcionários da Comlurb estão com os salários congelados desde 2020 por conta de um decreto federal. A reposição de 25% apenas cobre a inflação dos últimos três anos.

Como resposta, a empresa ofereceu menos que 5% de reajuste nos salários, o que nem chega ao índice da inflação dos últimos 12 meses.

A resposta da Comlurb causou revolta na categoria. O presidente do Sindicato afirmou que agora "a decisão está nas mãos da categoria. Essa contraproposta eu vejo como um deboche, por isso rasguei o ofício. É desrespeitoso esse tratamento que estão nos dando e pela importância que temos na Cidade do Rio de Janeiro", declarou Meireles, visivelmente irritado.

"Os garis tiveram papel essencial durante toda a pandemia, trabalhando nas ruas, coletando lixo hospitalar, e isso com o salário congelado. É inadmissível essa falta de reconhecimento agora", opina o secretário geral do sindicato Antônio Carlos da Silva.

Os trabalhadores da COMLURB exigem reposição das perdas econômicas e financeiras que tiveram nos últimos três anos. De acordo com o Sindicato, a categoria vai se reunir novamente em assembleia no próximo 23, 4ª feira, às 16h no Guadalupe Country Clube.