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Antigamente, os garis, tão importantes para a limpeza urbana da Cidade, eram figuras completamente anônimas. Entravam e saíam do Sambódromo como se fossem invisíveis. Pouco eram reconhecidos pelos foliões, que ao final dos desfiles e da festa, deixavam toneladas de lixo para esses trabalhadores recolherem.

De uns anos para cá, a imagem do gari é de herói. Héroi que vai às Cidades Serranas ajudar na retirada do lixo para facilitar o resgate de vítimas das chuvas. Homens que colaboram efetivamente para uma Cidade mais limpa e mais saudável.

Hoje, representados pelo gari Renato Sorriso, esses ex-anônimos são homenageados no maior Carnaval da terra e ainda trazem sua importância para a comissão de frente de grandes Escolas de Samba.

Com o enredo “De Londres ao Rio: Era uma vez…uma Ilha”, a escola prestou grande homenagem a todos os garis quando trouxe em sua Comissão de Frente o gari Renato Sorriso.

A comissão conduzida por uma carruagem que levava a carnavalesca Maria Augusta, responsável pela União da Ilha na década de 70, representando uma rainha Elizabeth estilizada, abrindo espaço na fantasia para o gari Renato Sorriso.

Famoso pelos passos de samba e evolução enquanto realizava a limpeza da avenida após os desfiles das escolas, ele hoje é uma figura que já faz parte do Carnaval carioca e acabou acompanhando a rainha Maria Augusta no carro da comissão de frente.

Nas palavras do coreógrafo Sergio Lobato, o gari é símbolo da maior festa Carioca. “ Maria Augusta é nossa rainha e Renato Sorriso é simbolo e rei do Carnaval carioca”, ressaltou.