Os trabalhadores de Asseio e Conservação da empresa CNS Nacional de Serviços Ltda., que atuam no Hospital Miguel Couto, na Lagoa, decidiram paralisar as atividades desde o dia 02 de setembro. De acordo com informações que chegaram ao Sindicato, os trabalhadores estão com seus salários e vale-transporte atrasados desde junho. Além disso, eles trabalham na linha de frente do hospital, coletando lixo hospitalar e correndo alto risco de se contaminar com uma doença ainda sem cura garantida, como a Covid-19, que já matou cerca de 130 mil brasileiros. A denúncia foi feita pela própria categoria, que informou ao Siemaco-Rio sobre o atraso no pagamento de salários e do vale-transporte.

Para evitar que os trabalhadores da CNS passem fome, o presidente do Sindicato, companheiro Manoel Meireles, determinou o envio de dezenas de cestas básicas, no último sábado, 05 de setembro, até a solução dessa questão financeira. Se não fosse a distribuição de cestas-básicas, EM CARÁTER DE URGÊNCIA, do SIEMACO-RIO, muitas dessas famílias iam continuar a passar necessidades e fome. A gestão do Hospital Miguel Couto é da Prefeitura do Rio de Janeiro.

O presidente do Sindicato quer providências rápidas da empresa e já encaminhou ofício aos diretores da prestadora. O ofício foi entregue em mãos na sede da empresa, localizada na Rua Lino Teixeira, 91 – Jacaré. “É muita falta de respeito com esses trabalhadores da nossa categoria, que prestam serviço dentro de um hospital, onde o alto risco de contaminação é iminente. Essas pessoas dependem do seu salário para alimentar os seus filhos e só estão ali, correndo esse risco, porque precisam do emprego para a própria sobrevivência. A empresa precisa honrar seu compromisso com esses profissionais. Não vamos deixar isso sem a devida providência”, garantiu o companheiro Manoel Meireles.