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Segunda, 05 Setembro 2022 12:00

Setembro Amarelo: você não está sozinho!

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Saiba como cada um de nós pode colaborar com a luta pela valorização da vida e a prevenção ao suicídio.

Informe Siemaco-Rio
05/09/2022

siemaco setembro amarelo 2022

 

SETEMBRO AMARELO: VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO!

Desde 2014, o mês de setembro é marcado pela mobilização em torno de um tema que impacta, cada vez mais, o conjunto de nossa sociedade: a prevenção ao suicídio. A campanha, liderada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Centro de Valorização da Vida (CVV), é voltada à disseminação de informações sobre saúde mental, visando reduzir o alarmante número de vidas perdidas, por suicídio, no Brasil. Um dos temas do Setembro Amarelo é "agir salva vidas", em referência a um aspecto central para a prevenção dessas mortes: instruir a sociedade sobre como acolher pacientes que sofrem transtornos psiquiátricos.

A conscientização pública acerca das doenças mentais é de extrema importância em um país que registra o saldo trágico de mais de 13 mil casos de suicídio todos os anos, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O número traduz uma dura realidade, que atinge diferentes faixas etárias e apresenta níveis assustadoramente altos entre os mais jovens. Desse modo, a principal finalidade do Setembro Amarelo é difundir informações que possibilitem a todos os cidadãos identificar os casos que representam risco de suicídio. Mais do que isso, a data traz a oportunidade de instruir a população sobre as práticas que podem auxiliar na recuperação e na identificação desses sinais de alerta. Para proporcionar essa aprendizagem coletiva, a campanha promove uma série de ações, como palestras, eventos, a produção de cartilhas e a difusão de notas junto à imprensa.

"Ainda existe muito tabu e só com informação correta conseguimos conscientizar as pessoas de que o suicídio pode ser evitado. Precisamos informar a todos como ajudar, porque agir salva vidas", afirmou o presidente da ABP em entrevista à Agência Brasil.

PANDEMIA AGRAVOU A SITUAÇÃO

O contexto político e socioeconômico vivido durante a pandemia da Covid-19 foi um fator que tornou o Setembro Amarelo ainda mais relevante. Esse período de crise, que se estendeu por cerca de 2 anos, vem sendo apontado por especialistas, apoiado por estudos e dados oficiais, como um fator de risco diretamente ligado ao aumento das ocorrências de suicídio e automutilação. O quadro pode ser deflagrado por diferentes razões, com destaque para os problemas financeiros, a ansiedade gerada pelo receio de contágio pelo coronavírus, o longo período de isolamento social e até mesmo o luto, caso de milhões de pessoas que perderam pessoas queridas. Assim, mais do que nunca, é importante que cada um de nós saiba reconhecer os sinais de risco e, dessa forma, busque imediatamente especializada como forma de evitar um suicídio.

QUANDO E COMO BUSCAR AJUDA?

Em primeiro lugar, é necessário que todos conheçam quais são os sinais de alerta para o suicídio, de forma a identificá-los precocemente em situações de risco. Entre os quadros mais comuns estão a depressão, a constante sensação de desesperança e o abuso de substâncias químicas, como álcool e outras drogas. Outros sinais podem se tornar evidentes na rotina do paciente, como por exemplo a mudança repentina de hábitos, a perda de interesse por atividades anteriormente prazerosas e a dificuldade de interação com outras pessoas. O site da campanha Setembro Amarelo disponibiliza uma cartilha completa, contendo uma relação de todas as formas de identificação desse tipo de comportamento, além de oferecer palestras e aulas sobre o tema.

Uma vez identificada a situação de risco, é fundamental que o paciente receba apoio profissional. A principal indicação é procurar imediato auxílio terapêutico com um psicólogo, profissional que poderá identificar a necessidade de um acompanhamento médico do quadro. Através da combinação entre terapia e tratamento psiquiátrico, é possível que o paciente se recupere e retome a vida normalmente. Além disso, familiares e amigos queridos devem se fazer presentes na vida do paciente, evitando que sentimentos como solidão ou desamparo concorram para o agravamento do quadro de risco. Nesses momentos, a rede de apoio de cada um é de extrema relevância para o sucesso do tratamento.

Em casos de emergência, a principal recomendação é buscar o Centro de Valorização da Vida (CVV), através da linha de ligação gratuita 188. O CVV disponibiliza um tradicional serviço de apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente quaisquer pacientes que busquem apoio, por meio de uma conversa. O atendimento é totalmente sigiloso e pode acontecer por telefone, mas também via e-mail, chat e voip. O serviço funciona 24 horas por dia, durante toda a semana. Também é possível acessar o CVV através do site www.cvv.org.br.